NUTRISAFRA Fertilizantes de Alta Performance

Fazer nutrição vegetal 29/01/2012

Este é um dos temas mais apaixonantes na área agronômica, pois diferente de todos os outros procedimentos de manejo agrícola, a nutrição é o mais desafiante para os engenheiros agrônomos, a qual exige deles todo o seu conhecimento e expertise, no sentido de se tirar o máximo do potencial genético da cultivar que eventualmente se pretende plantar e colher.

Quando falamos em recordes de produção de grãos no Brasil, no início do século XXI, é com desgosto que constatamos que a maioria das principais organizações do setor de fertilizantes não só fazem questão de manter equipes totalmente desfocadas da realidade em que vivem, como os preços, prazos e volumes de vendas são as suas únicas metas, em detrimento da assistência técnica, que deveria guindar a atividade da maioria destes profissionais.

Nos dias de hoje, a prestação de serviços deveria ser a regra e as vendas uma consequência deste tipo de trabalho participativo e social.

O Brasil é ainda totalmente dependente de algumas matérias-primas, principalmente de potássio e fósforo em maior quantidade. Por outro lado, o adubo é hoje um insumo estratégico, que sem ele não seria possível plantar e quebrarem-se barreiras de recordes de produção nacional. Não entendo como é possível tratar-se algo tão ”nobre” e de tão alto valor agregado da mesma forma como se de “esterco” fosse, a maioria das negociações e transações realizadas no campo.

Nas minhas palestras e seminários, costumo informar que “fazer nutrição” é completamente diferente de vender “adubo”. Alguns tentam impressionar seus clientes com “softwares” que mais dificultam do que ajudam, já que os mesmos por vezes se encontram defasados, não pensam, não observam, não conhecem a cultivar a ser plantada, não têm idéia das diferentes formulações mais modernas com tecnologias diferenciadas, não possuem a capacidade de acompanhar a performance dos cultivos passados e presentes, nem tão pouco permitem seguir de perto o desenvolvimento vegetativo ao longo do seu ciclo, onde correções necessitam constantemente ser realizadas.

A realidade

O simples vendedor de adubo é, na verdade, aquele elemento que além de vender apenas preço, prazo e fórmulas convencionais, não se dá conta ainda que as matérias-primas estão cada vez mais escassas e mais caras. O fertilizante é um insumo que deveria ser considerado essencial para toda a cadeia produtiva e tratado não como algo supérfluo, mas com a devida nobreza, valorização e notoriedade que merece o mais importante dos insumos agrícolas, que representa mais de 80% do sucesso de qualquer empreendimento agrícola.

Fazer nutrição vegetal é, na verdade, seguir todos os parâmetros técnicos já pesquisados pela maioria dos órgãos públicos de pesquisa e extensão rural, em relação às necessidades nutricionais de cada cultivo específico, impreterivelmente por meio das análises de solo e foliar, de forma politicamente correta e sustentável.

A maioria dos produtores, quando o assunto é adubação, pensa unicamente na administração de NPK, quando, antes disto, deveriam ser corrigidos com a devida antecedência os parâmetros referentes à CTC, pH, V% e M.O.(matéria orgânica).

Sem estes pontos devidamente corrigidos e calibrados, jamais o aproveitamento do NPK poderá ser devidamente otimizado, perdendo-se, muitas vezes, por fixação indevida, no caso do P2O5 e por lixiviação, no caso do nitrogênio e do potássio, com prejuízos muito mais severos do que os custos financeiros não só do valor das análises, como de uma consultoria profissional eficiente.

Fazer a administração de NPK sem atender previamente à correção concreta da CTC, V%, pH e M.O, é o mesmo que construir uma casa sem alicerces e que por este motivo poderá ceder e ruir a qualquer momento.

Custo-benefício

Infelizmente, apesar do custo insignificante deste recurso que deveria tornar-se obrigatório, ainda a maioria dos produtores não o utiliza a contento. Deste modo, sugerimos mais uma vez a todos os técnicos responsáveis, revendas e cooperativas que enfatizem constantemente a iniciativa deste procedimento, preponderante e indispensável para a elaboração de uma nutrição que se obriga a ser cada vez mais equilibrada, de modo a atender a curva de absorção de cada cultivar específica na condição edafoclimática em que se encontra.

Depois da interpretação da análise de solo, cabe ao técnico estabelecer, segundo os seus critérios, uma curva de absorção baseada em diversos parâmetros, como: exigências nutricionais da cultivar em questão, tipo de solo, estação do ano, densidade do cultivo, idade das plantas no caso de cultivos perenes, tipo do fertilizante a ser administrado e, por fim a produtividade, bem como a qualidade que se deseja alcançar ao final do empreendimento.

Estabelecidos todos os critérios anteriores, as metas a serem atingidas deverão ser gerenciadas em cinco fazes distintas: a primeira por ocasião da calagem, que deve ser realizada com 120 dias de antecedência do semeio ou do transplante, a segunda quando da correção da matéria orgânica, a terceira quando se corrige o teor de fósforo (fosfatagem), a quarta no plantio e a quinta nas coberturas, que devem ser administradas segundo os novos critérios de sustentabilidade semanalmente.

Este fato justifica não serem mais necessárias fórmulas extremamente concentradas do tipo 20-00-20, que contribuem com várias desvantagens técnicas em cultivos anuais e também perenes, como o desequilíbrio da maioria dos micronutrientes, inibição da absorção de cálcio, que, por sua vez, provoca maior incidência de defeitos fisiológicos, como o fundo preto de tomate e pimentão, coração escuro na manga, “tip burn” na alface e repolho, além da maior incidência de doenças foliares, menor brix em frutas e menor vida de prateleira.

Quanto às coberturas, a relação de nitrogênio e potássio deverá crescer para K2O à medida da evolução do cultivo e do surgimento dos frutos, exatamente pela razão de ser este último responsável pela resistência a doenças e maior qualidade destes, ou da produção final, juntamente com o magnésio.

Estratégia

Apesar de o Brasil ser o líder de produção mundial de vários setores agrícolas estratégicos, talvez não detenha a melhor qualidade final em nenhum deles. Uma das razões plausíveis para esta realidade é a não priorização da adubação, que normalmente é feita à revelia do produtor, achando-se o mesmo à vontade para criticar insistentemente as sementes e os demais insumos, quando os resultados não são do seu agrado.

A maioria das amostras de solo de café e citrus, dos quais o Brasil é o maior produtor mundial, demonstram deficiência crônica de P2O5, devido ao uso apenas de fósforo solúvel em água, quando o mais plausível seria a utilização de fontes de fósforo solúveis em ácido cítrico, como o Biorin (Bio=Biológico + Rin=Fósforo) da Nutrisafra, com certificação do IBD e que permite a correção simultânea das características química, física e biológica do solo, com um residual ativo de pelo menos oito meses.

Nos últimos dias a indústria canavieira, de modo totalmente inconsequente, apontou a decadência dos seus canaviais e a nutrição totalmente deficiente dos mesmos, como a primeira justificativa para a queda da produtividade e o aumento do preço do etanol em plena safra, com prejuízos incomensuráveis para toda a população brasileira.

A Nutrisafra Fertilizantes Ltda., assim como já descrito na antiguidade, chama a atenção para o fato de que o manejo da nutrição é o mais significativo dentro de qualquer empreendimento agrícola, com 80% da responsabilidade do seu sucesso e que, por esta razão, os fertilizantes deveriam ser considerados e tratados hoje como um insumo mais nobre, com maior destaque e valorização por parte de toda a cadeia do agronegócio.

A agricultura brasileira apenas será pujante e reconhecida internacionalmente quando soubermos aliar quantidade à qualidade e praticarmos uma agricultura que se quer cada vez mais racional, mais ética, mais profissional e, acima de tudo, politicamente correta e sustentável.

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